Devido à demora do diagnóstico definitivo, há casos de pacientes que recebem a confirmação da doença quando o estágio está mais avançado.
O Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa) da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) instaurou um procedimento preparatório coletivo para coletar informações a respeito do planejamento e as políticas públicas para que pacientes com câncer tenham o acesso rápido ao diagnóstico da doença.
“Antes de ter o diagnóstico, o médico detecta uma hipótese e encaminha o paciente para fazer o exame. Porém, a pessoa passa muito tempo perambulando pelo SUS até conseguir o exame, quando chega a Fcecon, o câncer já está muito avançado”, explicou o defensor público Arlindo Gonçalves, responsável pelo procedimento.
De acordo com o Núcleo, um levantamento feito no Amazonas comprovou uma média de 14 meses de espera para o diagnóstico de câncer de mama, por exemplo. Mas a partir de um trabalho de base minucioso, esse tempo foi reduzido para quatro meses.
“É previsto em lei federal que o diagnóstico deve ser entregue ao paciente em até 30 dias, quando a principal suspeita for de câncer. Mas, atualmente, o tempo de espera é superior a essa estimativa. Os pacientes que procuram a Defensoria já se encontram em estágio avançado e essa demora acarreta em mais gastos e uma dificuldade maior no tratamento”, disse.
Conforme Gonçalves, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (Fcecon) e a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) foram oficiadas para que prestem esclarecimentos sobre o tema. A Defensoria aguarda as respostas para definir as medidas cabíveis a serem tomadas.
Sobre a Defensoria
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas é uma instituição cuja função é oferecer, de forma integral e gratuita, assistência e orientação jurídica às pessoas que não possuem condições financeiras de pagar as despesas de uma ação judicial ou extrajudicial. Além disto, a Defensoria promove a defesa dos direitos humanos, direitos individuais e coletivos e de grupos em situação vulnerável. A instituição não cobra por nenhum dos seus serviços.
Além das unidades distribuídas pela capital, A DPE-AM conta com 12 polos (Polo do Juruá funciona com atendimento virtual) no interior, cinco Unidades Descentralizadas do Interior (UDIs) e mais quatro sedes na Região Metropolitana. Em 2022, foram registrados mais de 800 mil atendimentos nas áreas cível, criminal e de família, um salto de mais de 40% de crescimento, comparado com 2021.
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Texto: Isabella Lima
Foto: Ludmila Dias/FCecon