O defensor público-geral do Amazonas, Ricardo Paiva, participou nesta segunda-feira (15) da abertura da Semana Justiça Pela Paz em Casa. A cerimônia foi realizada no Fórum Euza Maria Naice de Vasconcellos, no Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus. A semana tem o objetivo de trabalhar a conscientização e o enfrentamento à violência contra a mulher, com a realização de audiências, julgamentos e ações educativas. É um esforço concentrado para o julgamento de processos relacionados a crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher no Amazonas.
“Viemos participar hoje da abertura da segunda Semana da Justiça pela Paz em Casa deste ano. É algo que a Defensoria sempre tem participado e tentado acompanhar. Neste ano, vamos participar com 34 defensores públicos, temos ampliado a nossa atuação”, disse Ricardo Paiva. “Além disso, a gente reafirma o nosso compromisso. Neste ano, vamos colocar mais uma defensora no Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria, porque a gente precisa fortalecer o combate à violência contra a mulher, o que se faz com conscientização”, afirmou.
No evento, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) lançou a cartilha “Precisamos Falar de Relacionamento Abusivo”, que tem como foco o público jovem das escolas com o objetivo de desconstruir o machismo e o sexismo. “Nesse sentido, vem em bom momento a cartilha, porque através da conscientização vamos diminuir a violência contra a mulher”, acrescentou Paiva.
A cartilha foi elaborada por uma equipe multidisciplinar e traz o estilo de anime, desenho japonês, que faz sucesso entre os jovens. Como conteúdo, a cartilha apresenta os tipos de violência e alguns caminhos para que os jovens possam entender que relações abusivas levam para consequências graves.
A semana
Nesta edição, que vai de 15 a 19 de agosto, serão analisados 706 processos na capital e 1.279 no interior do Estado, totalizando 1.985 processos pautados. O evento é realizado por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, em comemoração aos 16 anos da Lei Maria da Penha.
“Entre os 25 países com taxas altas ou muito altas de violência contra a mulher, 14 estão na América Latina. Só para se ter uma ideia, em São Paulo, nos primeiros seis meses de 2022, foram mortas quase 80 mulheres, ou seja, 2 mulheres a cada dois dias”, afirmou a desembargadora Graça Figueiredo, coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e vice-presidente do TJAM.
Texto: Márcia Guimarães
Fotos: Evandro Seixas/DPE-AM