Zap da Cheia recebe mais de 370 demandas entre abril e maio

Entre os meses de abril e maio deste ano, o Zap da Cheia (98431-7941) da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) realizou mais de 370 atendimentos relacionados à cheia dos rios e outras demandas, tanto na capital como no interior do Estado. O Zap da Cheia foi criado para auxiliar o GT Enchentes não só no recebimento de denúncias da população, mas também para facilitar o encaminhamento das solicitações para providências junto ao Poder Público.

De acordo com a defensora pública Dâmea Mourão, coordenadora do Núcleo de Moradia e Fundiário (Numaf), este ano a maioria das demandas vieram do interior, que atualmente possui 41 municípios em situação de emergência. Neste caso, as denúncias foram enviadas para verificação dos 11 polos da instituição.

Em Manaus, foram realizadas diversas visitas técnicas aos bairros mais atingidos, a fim de ouvir os moradores e buscar soluções extrajudiciais e imediatas, principalmente quanto a construções de pontes e limpeza de igarapés.

Nesse sentido, na capital, a Defensoria expediu 12 ofícios a órgãos como Defesa Civil do Município, Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e de Limpeza Pública (Semulsp).

“Nós entendemos que o diálogo beneficia a população carente, tendo em vista que muitas vezes uma decisão judicial pode demorar e não alcançar a efetividade almejada. Então, nós temos buscado essa conversa mais estreita, para obter, em tempo razoável, a resposta e a solução mais adequada para prevenir danos maiores”, ressaltou a defensora.

Nesta quinta-feira (2), a coordenadora do Numaf vai reunir novamente com representantes da Defesa Civil e Semasc para alinhar soluções para as demandas que ficaram pendentes, após as visitas aos bairros mais afetados. A reunião será às 9h, na sede da Semasc, no Centro.

Como denunciar?

O Zap da Cheia permanece em funcionamento (98431-7941). Para enviar uma denúncia, o morador da área atingida pela subida das águas deve enviar fotos e vídeos de até um minuto, explicando o problema, e apresentando endereço completo, como município, rua, bairro. As mensagens devem ser encaminhadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, e as informações vão contribuir para o atendimento da demanda.

Orientações Práticas

Além do Zap da Cheia, a defensora pública Raquel El-Bachá elaborou uma lista com as principais orientações sobre como a população impactada deve agir, para evitar maiores prejuízos. “O mais importante na situação de emergência é fazer contato com a Defesa Civil (199) ou com o Corpo de Bombeiros (193) para receber instruções. E ensinar os membros da família a ligarem para os números de emergência”, pontou ela.

1º Só retorne para casa quando a Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros autorizar.

2º Não deposite, nem permita que outras pessoas joguem lixo nas ruas, igarapés, córregos, rios e encostas;

3º Preserve a vegetação nas margens dos rios e canais para impedir a erosão do terreno;

4º Acorrente os botijões de gás para eles não serem levados pelas águas;

5º Elabore um plano e um kit familiar de emergência: separe documentos pessoais, remédios, roupas, calçados, água potável e alimentos e os guarde em segurança, longe da água.

6º Ensine sua família a desligar os registros de água, luz e gás e lembre-se de tirar todos os aparelhos eletrônicos da tomada, para evitar acidentes;

7º Mantenha a sua vacinação em dia, assim como as dos seu animais. Isso pode evitar o contágio de doenças comuns nesse período como: diarreia, influenza (gripe), meningite, rubéola, tétano, entre outras;

8º Se sua casa está na iminência de alagar, o ideal é deixar o local antes da enchente. Fique em casa apenas enquanto as condições forem seguras;

9º Não deixe crianças sozinhas e não permita que elas brinquem e nadem em locais contaminados;

10º Evite caminhar pelas águas, pois elas podem esconder bueiros, buracos, escombros e animais peçonhentos;

11º Se observar alguma mudança na água da torneira, contate imediatamente a concessionária responsável pela distribuição.

12º A água deve ser fervida ou filtrada antes do consumo. Se não for possível, deve-se tratá-la com hipoclorito de sódio (2,5%);

Texto: Kelly Melo

Fotos e vídeo: Evandro Seixas/DPE-AM

IMAGENS EM ALTA: https://bit.ly/3z5DLB0ZAPCHEIA

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