Publicado na prestigiada revista Conjur, o artigo aborda de maneira aprofundada e crítica questões relacionadas aos estigmas e preconceitos sociais que podem afetar indivíduos desde a infância, a partir de algo tão simples quanto a escolha de um nome
A defensora pública Rosimeire de Oliveira teve seu artigo intitulado “Um Enzo Incomoda Muita Gente” destacado na revista Conjur, uma das mais respeitadas publicações jurídicas do Brasil. Publicado em 3 de agosto de 2024, o artigo aborda de maneira aprofundada e crítica questões relacionadas aos estigmas e preconceitos sociais que podem afetar indivíduos desde a infância, a partir de algo tão simples quanto a escolha de um nome.
A defensora, que é coordenadora da Defensoria de Registros Públicos do Amazonas, trouxe à tona discussões relevantes sobre como esses preconceitos podem influenciar a vida de uma pessoa e as implicações legais e sociais decorrentes dessas atitudes. O artigo discute a mudança de percepção do nome “Enzo” no Brasil, que passou de um nome chique para motivo de chacota.
“O certo é que ser chamado de Enzo virou motivo de piada no Brasil. Enzo hoje é sinônimo de ‘mimizento’, ‘mimado’, ‘filhinho da mamãe’. Mais ou menos o que na infância dos anos 1980 chamávamos de ‘mauricinho’”, frisa a defensora em um trecho do artigo.
A autora explora o impacto psicológico nas crianças que carregam esse nome, muitas vezes resultando em pedidos de mudança de nome na Defensoria Pública. Ela destaca as dificuldades legais para menores de idade mudarem seus nomes, enfatizando a necessidade de provas de sofrimento psicológico para obter a alteração.
“O problema todo começou quando ‘Enzo’ foi parar na casa de milhares de brasileiros. Em 2019, conforme o Portal da Transparência do Registro Civil, pelo segundo ano seguido, o nome Enzo liderou a lista de nomes mais registrados no Brasil, com 16.672 registros. Subitamente, o nome passou a soar de forma pejorativa”, diz outro trecho do artigo.
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