Defensoria do Amazonas realiza revista em presídio de Tabatinga

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas no polo do Alto Solimões participou de procedimento de revista em Presídio de Tabatinga, distante 1.108 quilômetros de Manaus. A ação ocorreu nesta segunda-feira (27) e foi acompanhada pela Defensora Pública do polo, Thatiana David Borges.

Na ocasião, o Diretor do presídio, Daniel da Silva Barbosa, apresentou a estrutura do presídio à Defensoria, que também acompanhou o trabalho da equipe, desde a retirada dos presos de suas celas para a quadra esportiva até o retorno para as respectivas celas. A defensora Thatiana David Borges observou que tudo correu dentro da normalidade. “É possível perceber um avanço na organização a partir da exibição de filmagens do estabelecimento, mostrando como eram as instalações e logística do presídio e como atualmente se apresenta com a nova gestão”, disse.

Conforme Thatiana, o presídio é dividido por alas, de acordo com a infração penal praticada, e por uma parte onde ficam os presos idosos e as mulheres, que até a presente data são cinco no total. Quanto às instalações, a defensora apontou a necessidade de melhorias. “Há um longo caminho a percorrer para podermos falar em dignidade da pessoa humana. As celas são insalubres, com pouca claridade e espaço”, afirmou.

O diretor do presídio apresentou também uma parte do estabelecimento que é conhecida como “remição”, onde ficam os presos que prestam serviço. O presídio conta ainda com uma biblioteca cujo objetivo é a implementação da leitura para fins de remição da pena. Para a defensora, é necessário reforçar a aquisição de obras literárias e a presença de profissional que auxilie e motive este público ao hábito da leitura.


“A biblioteca carece de variedade de livros e, em conversa com o diretor, mencionei que as pessoas que ali estão cumprindo pena certamente não têm o hábito da leitura. Por isso, necessitam de uma orientação, principalmente quanto à elaboração de resenhas dos livros, para não perderem o raciocínio e lembranças das páginas já lidas. Por isso, entendo ser indispensável a figura de um orientador para auxiliar os presos na elaboração da resenha dos livros, para que sejam motivados a ponto de tornar a leitura uma prática prazerosa. É preciso também que nos mobilizemos para conseguir um acervo maior de boas literaturas que sejam de fácil compreensão e, principalmente, um dicionário para os leitores conhecerem o significado das palavras desconhecidas”, afirmou Thatiana.

Comece a digitar sua pesquisa acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione ESC para cancelar.

De volta ao topo
Pular para o conteúdo