![](https://static.wixstatic.com/media/4e1cb8_14065add633c4362962b0b3287b87b96~mv2.jpg/v1/fit/w_975,h_560,al_c,q_80/file.png)
Objetivo é chegar a um acordo que preserve as riquezas naturais sem prejudicar as famílias que vivem na localidade
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) instaurou um Procedimento de Apuração de Dano Coletivo (Padac) para acompanhar as compensações históricas, culturais e ambientais da comunidade indígena Nova Vida, localizada no bairro Nova Cidade, na Zona Norte. A área, conhecida anteriormente como “Cemitério Indígena”, vem sendo ocupada por indígenas e imigrantes desde 2018 e deveria ter passado por reintegração em outubro deste ano.
O defensor público Thiago Rosas, da 2ª Defensoria Pública Especializada em Fundiário, acompanha o caso desde agosto deste ano. Ele explica que a situação é complexa por envolver diversos órgãos, e por se tratar de uma comunidade já consolidada, com comércio vivo, ruas bem definidas e igrejas.
![](https://static.wixstatic.com/media/4e1cb8_bf025a3d21a14bdfbd98a4fea2d941f5~mv2.jpg/v1/fit/w_1000,h_777,al_c,q_80/file.png)
Por isso, em setembro, a Defensoria iniciou um trabalho de “construção de consenso” para que junto com os moradores, Ministério Público Federal (MPF), Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Governo do Estado, fosse possível construir um acordo a fim de preservar as riquezas naturais e arqueológicas do local sem prejudicar as famílias que habitam a comunidade.
Atualmente, a comunidade Nova Vida conta com mais de 3.500 famílias entre indígenas de diversas etnias, imigrantes e brancos. “O Padac visa acompanhar as compensações e reparações históricas, além da consequente regularização fundiária em favor dos moradores”, afirma Rosas.
Conforme o defensor, a ideia é desenvolver um plano contemplando ações de educação patrimonial, construção de centro cultural, resgate das urnas funerárias e seu depósito em instituições capacitadas, além das compensações ambientais que serão indicadas pelo MPF, em reuniões futuras.
Texto e fotos: Kelly Melo – DPE/AM