População precisa denunciar violência contra o idoso, alerta defensor público

“A Defensoria pede para que a sociedade denuncie casos de violência contra os idosos, pois se trata de uma população hipervulnerável, que geralmente aceita a violência e não reage”. As palavras do defensor público Ali Assaad Hamade de Oliveira demonstram uma preocupante realidade vivida pela população idosa no Brasil.

Titular da Defensoria Pública de 1ª Instância Especializada de Atendimento ao Idoso, Ali Assad fez esse alerta durante uma das ações em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado anualmente no dia 15 de junho. Nesta terça (15), uma carreata que teve como ponto de partida a sede da Defensoria marcou a data.

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), em atividade conjunta com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), tem participado, neste mês, de uma série de ações que buscam sensibilizar a sociedade amazonense para a proteção e cuidados dessa população, considerada mais vulnerável à violência. Trata-se da campanha nacional “Junho Violeta”, onde o mês é dedicado à conscientização do combate à violência contra a pessoa idosa. Ainda nesta terça, o prédio da DPE-AM será iluminado com a cor violeta, em ato simbólico.

Durante a pandemia do coronavírus, casos de violência dessa natureza se multiplicaram pelo país. Só no primeiro semestre de 2021, foram registradas mais de 33,6 mil denúncias de violação de direitos dos idosos, de acordo com números do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. No Amazonas, foram registrados pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Idoso (DECCI) mais de 3.626 crimes, em 2020.

“A Defensoria atua firmemente nesse campo de violência contra o idoso, tanto na questão de orientação das partes envolvidas, fazendo audiências extrajudiciais para apaziguar, e quando não é possível, entrando com medidas judicias e pedindo afastamento do agressor do lar para que este não tenha comunicação com a vítima, sob pena de prisão. A Defensoria pede para que a sociedade denuncie”, afirmou Ali.

O atendimento da defensoria inclui definição de pensão, solução de conflitos para saber quem vai ficar com a guarda do idoso e questões de maus tratos, entre outros. Segundo Ali Assad, no encaminhamento de casos para a delegacia e uma possível apuração criminal, “a Defensoria trabalha em conjunto com a Delegacia do Idoso e comunica o fato para que esta apure”.

Serviço

Para agendar atendimento na Defensoria do Idoso, em Manaus, a população pode ligar para o Disque 129, de segunda à sexta-feira, de 8h às 14h, ou enviar mensagem para o Telegram da Defensoria do Idoso, no número (92) 98436-0387. O atendimento via Telegram também acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. No interior, o atendimento pode ser solicitado por meio dos telefones dos polos da Defensoria:

– Polo do Médio Amazonas – sede em Itacoatiara: (92) 98416-8722

– Polo do Baixo Amazonas sede em Parintins: (92) 98455-6153

– Polo do Madeira – sede em Humaitá: (92) 98432-5668

– Polo do Médio Solimões – sede em Tefé: (92) 98417-2747

– Polo do Alto Solimões – sede em Tabatinga: (92) 98428-2843

– Polo de Maués: (92) 98540-6020

– Polo de Coari: (92) 98452-7146

– Polo do Médio Madeira – sede em Manicoré: (92) 98408-8125

Para municípios que ainda não são atendidos por polos da Defensoria, a população pode ligar para o Grupo de Trabalho do Interior (GTI), por meio do telefone (92) 98455-6664.

Foto: Clóvis Miranda/ DPE-AM

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