Iniciativa traz painéis com histórias de transformações de 11 mulheres que foram vítimas de violência doméstica; objetivo é ampliar a visibilidade do enfrentamento à violência contra a mulher
A exposição “Sem Medo de Viver”, da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), chegou ao shopping Grande Circular, na zona leste de Manaus. Organizada pelo Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), a mostra traz painéis com as histórias de mulheres que superaram a violência doméstica.
O objetivo da iniciativa é ampliar a visibilidade do enfrentamento à violência contra a mulher, aproximando o tema do dia a dia da população. Cada painel conta a trajetória de mulheres assistidas pela Defensoria e tem QR Code que direciona o público a vídeos com depoimentos completos.
A mostra permanece no shopping Grande Circular até o dia 15 de setembro. Em seguida, de 6 a 23 de setembro, a exposição poderá ser acompanhada pelos frequentadores do shopping Manaus ViaNorte, na Avenida Arquiteto José Henrique Bento Rodrigues, 3541, Santa Etelvina.



Voz que ecoa
A industriária Patrícia Gomes de Souza, 41 anos, parou diante de um dos painéis e avaliou a importância da exposição em local público.
“Encontrar uma mostra dessas dentro de um shopping é de grande importância. A gente tem voz, tem oportunidade de falar. Muitas vezes, por medo ou por vergonha, as mulheres acabam se retraindo. Aqui, a gente vê que pode falar, que pode pensar em formas de resolver situações dentro de casa ou até mesmo com pessoas próximas. Eu acho sensacional”, afirmou.
Conscientização
Levar a exposição da Defensoria para a zona leste tem o objetivo de dialogar diretamente com mulheres que vivem em áreas mais afetadas pela violência doméstica.
Além de relembrar a trajetória da Lei Maria da Penha, o projeto reforça que é possível romper o ciclo de violência, denunciar agressores e recomeçar com apoio institucional.
A mostra “Sem Medo de Viver” seguirá percorrendo diferentes pontos de Manaus nas próximas semanas, como forma de sensibilizar e estimular outras mulheres a reconhecerem que não estão sozinhas e que existem caminhos para superar a violência.
Texto: Ed Salles
Fotos: Junio Matos