Reconhecimento chega com o hotsite “Histórias que se Cruzam”, na categoria Mídia Digital, e a reportagem “Líder indígena de 71 anos conquista duas novas seções eleitorais para a Terra Indígena Andirá‑Marau”, em Reportagem Escrita
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE‑AM) conquistou lugar entre os finalistas da 23ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (PNCJ) com dois projetos que exaltam a comunicação pública como instrumento de transformação social. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20) pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), organizador do prêmio, que terá seus vencedores revelados em 8 de agosto, durante o XIX Conbrascom — Congresso Brasileiro de Assessores de Comunicação do Sistema de Justiça, sediado este ano em São Luís (MA) ).
O projeto que colocou a DPE‑AM entre os melhores do país, na categoria ‘Mídia Digital’, foi o Hotsite “Histórias que se Cruzam”. Lançado em 30 de março de 2024, quando a instituição celebrou 34 anos, o hotsite reúne relatos de pessoas assistidas que tiveram suas vidas transformadas pela Defensoria. A plataforma interativa mostra desde a adoção de uma criança em Parintins até a mudança de nome de um jovem que sofreu bullying, ilustrando como a atuação jurídica se soma a acolhimento e empatia.
Já na categoria ‘Reportagem Escrita’, foi indicada a matéria “Líder indígena de 71 anos conquista duas novas seções eleitorais para a Terra Indígena Andirá‑Marau”, produzida durante mutirão de documentação civil. A reportagem narra a mobilização histórica de dona Nadir dos Santos, indígena Sateré‑Mawé, que percorreu comunidades ribeirinhas para garantir o direito de voto a mais de 400 eleitores que antes viajavam até um dia inteiro para chegar às urnas.
Além das respectivas categorias, ambos os trabalhos concorrem ainda ao Grande Prêmio – escolha de uma comissão especial entre os vencedores – e ao Prêmio de Votação Popular, em que apenas congressistas inscritos no Conbrascom participam da eleição on‑line.
Comunicação amazonense
Para a diretora de comunicação da DPE-AM, Luana Carvalho, o sucesso do hotsite e da reportagem demonstra que “cada história contada humaniza nossos números e evidencia o impacto real do trabalho dos defensores”, ao mesmo tempo em que inspira novas narrativas de inclusão e cidadania.
“Estar entre os finalistas do PNCJ é a prova de que a comunicação pública, quando feita com propósito e sensibilidade, pode derrubar barreiras e aproximar a Justiça do cidadão, mesmo nos locais mais distantes da Amazônia”, destaca.
A reportagem indicada foi assinada pelo jornalista e servidor da DCOM (DPE-AM), Luciano Falbo. Já no hotsite ‘Histórias que se Cruzam’, há reportagens assinadas pelos jornalistas Luana Carvalho, Karine Pantoja, Priscilla Peixoto, Luciano Falbo, Isabella Lyssa e Fernanda Moutinho, com fotografias de Allan Leão, Tácio Melo e Márcio Silva.
O Defensor Público Geral Rafael Barbosa também celebrou a conquista. “Esses projetos traduzem nossa missão institucional: levar direitos onde eles ainda não chegam e garantir voz a quem pouco é ouvido. O reconhecimento nacional reforça que estamos no caminho certo ao investir em comunicação humanizada e acessível.”
Sobre o PNCJ
Criado pelo FNCJ, o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça é o principal reconhecimento brasileiro para projetos de comunicação de órgãos do sistema de Justiça. A edição de 2025 traz 16 categorias, critérios ampliados de acessibilidade e o tema‑guia de todo o Conbrascom: “Do viral ao vital: o poder da comunicação na construção da Justiça”.
Próximos passos
Até agosto, equipes da DPE‑AM preparam materiais de apresentação para a banca julgadora e mobilização dos congressistas na votação popular. A expectativa é de que as narrativas que unem defensores e assistidos possam conquistar não apenas troféus, mas novos corações e mentes em defesa de uma comunicação pública transformadora.