Objetivo foi sensibilizar profissionais da saúde e militares sobre a importância da prevenção e combate à violência doméstica
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), por meio do Polo do Alto Solimões, realizou duas palestras no município de Tabatinga, durante o “Agosto Lilás”, mês dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher. A primeira atividade aconteceu no Hospital de Guarnição (HGUT) da cidade. No evento, participaram 70 profissionais que atuam no local.
Durante a ação, os profissionais da saúde e militares recebem as informações sobre a importância da prevenção e combate à violência doméstica. A defensora pública Jéssica Matos falou sobre a necessidade de capacitar os profissionais da saúde para lidar com situações de violência.
“É uma sensação de que a Defensoria ultrapassa a barreira física da sua unidade, do fórum, da delegacia, ou seja, dos locais onde está por ser um ofício rotineiro, e passa a estar presente em outros espaços”, disse ela sobre a iniciativa.
Para a defensora, é fundamental que os homens entendam que não podem ser agressores e que também têm um papel importante na prevenção da violência doméstica. “Além disso, é preciso que todos compreendam que a violência psicológica, moral e patrimonial também são crimes”, observou.
Bate-papo das Manas
Já no 8º BIS, a Defensoria Pública integrou o “Bate-papo Manas”, um projeto que promove discussões sobre violência de gênero. A palestra, realizada no auditório do batalhão, teve público de mais de 250 pessoas, entre militares e seus familiares. O bate papo é composto por profissionais e estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que buscam realizar trocas sobre situações de violência doméstica, familiar e assédio dentro da universidade.
“É sempre muito importante que as mulheres saibam os seus direitos e a quem devem procurar quando estes forem violados. Mas não podemos esquecer de conscientizar também os homens, para que eles não somente não sejam agressores, mas que entendam que precisarão cumprir a lei caso estejam nesta situação”, ressaltou Jéssica Matos.
“A denúncia é célere. Aqui na cidade, o envio de mensagem de denúncia anônima à Polícia Militar via WhatsApp é muito eficaz. E, não só denunciar, mas também conscientizá-los que todo tipo de violência, não só a física, mas a psicológica, moral, sexual e patrimonial é crime”, explicou a defensora pública.
Fotos: Divulgação/DPE-AM