Giselle Falcone Medina ministrou o curso ‘Desafios do Exercício da Democracia e da Cidadania’ nesta quinta (17), no auditório da DPE-AM
A juíza eleitoral Giselle Falcone Medina, ouvidora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), ministrou o curso “Desafios do Exercício da Democracia e da Cidadania” , nesta quinta-feira (17), no auditório da sede da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
Além da sessão lotada presencialmente, o curso promovido pela Escola Superior (Esudpam), foi acompanhado remotamente por defensores e servidores lotados no interior.
Durante sua apresentação, a integrante do TRE-AM na classe dos advogados revelou que iniciou carreira no mundo jurídico na DPE-AM. “É um grande orgulho e satisfação voltar a esta casa. A Defensoria Pública foi o primeiro local em que tive contato com a prática jurídica. Eu estagiei aqui, quando a doutora Fátima Loureiro era Defensora Pública Geral”, disse.
Ao longo do curso, Giselle Falcone abordou o cenário de desafios enfrentados pelas mulheres na luta por igualdade de gênero.
Conforme os dados apresentados pela magistrada eleitoral, mesmo sendo maioria entre a população, as mulheres ocupam hoje menos de 18% das cadeiras no Congresso Nacional. E mesmo com escolaridade equivalente, as mulheres recebem em média 78% do salário dos homens.
Giselle Falcone destacou que a democracia exige participação, igualdade e inclusão de todos. “Uma democracia autêntica não se constrói sobre a homogeneidade, mas sobre a capacidade de incluir as diferenças com respeito e justiça”, disse.
Ao longo da minha trajetória na advocacia e na magistratura eleitoral, compreendi que o debate sobre os direitos da mulher no Brasil, sobretudo na Amazônia, é também uma luta pela consolidação de uma democracia que se pretende real
Giselle Falcone Medina
“E não há democracia real sem isonomia. Não há cidadania plena, se mulheres seguem sendo tratadas como exceção, como invisibilizadas ou como destinatárias secundárias dos direitos fundamentais”, acrescentou.
A magistrada destacou que, no Amazonas, a Justiça Eleitoral vive um momento histórico com a composição do TRE de maioria de mulheres. Dos sete integrantes da Corte no atual biênio, quatro são mulheres, incluindo a presidente, desembargadora Carla Reis, e a vice-presidente e corregedora, Nélia Caminha.
A gravação do curso na íntegra está disponível no site da Esudpam, no link: https://escolasuperior.defensoria.am.def.br/cursos-gravados/
Fotos: Brayan Riker/DPE-AM